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CRÍTICA: FIVE NIGHTS AT FREDDY'S

Crítica by Raphael Ritchie: ¨Five Nights at Freddy’s 2 nos leva de volta ao universo onde monstros se escondem atrás de pelúcias e nostalgia infantil vira pesadelo. 

Um ano após os eventos da pizzaria Freddy Fazbear, Abby retorna ao centro do caos, enquanto o mundo ao redor já transformou tudo em lenda e festival. 



Mas é nessa volta que o horror reaparece, mais encorpado, mais ambicioso, mais espalhado. O Fazfest, com sua roupagem de celebração, vira palco para uma nova onda de sustos e para o reencontro com o passado que insiste em não morrer.

A sequência não finge que o primeiro filme não aconteceu. Ela reconhece o impacto que a franquia já tem e tenta escalar tudo: animatrônicos mais numerosos, monstros mais agressivos, ambientação mais densa. 

O terror ganha uma ambição visual maior, com efeitos práticos e um capricho técnico que transforma as figuras infantis em aberrações. É uma estética pensada para provocar desconforto. A mesma figura que um dia divertiu agora assombra. 



E nessa colisão entre infância e horror, o filme encontra uma camada simbólica que cutuca memórias e medos antigos.

O roteiro mergulha mais fundo na mitologia da franquia. Explora as origens da pizzaria, os traumas que formaram aquele universo e os segredos que até agora estavam soterrados. Isso funciona como um convite para os fãs mais engajados, que acompanham o jogo, o fan lore, os mistérios que circulam há anos. 

Mas também pode ser um obstáculo para quem espera uma experiência de terror mais direta. O excesso de subtramas, personagens e explicações muitas vezes torna o ritmo mais pesado e o medo mais diluído. Há momentos em que parece haver coisas demais acontecendo ao mesmo tempo, e isso pode afastar quem só queria levar uns sustos.



Esse desejo de expansão é nítido. A história tenta sair da pizzaria e atingir a cidade inteira. Os novos personagens chegam para ampliar o elenco, os monstros se multiplicam, o terror se espalha. 

Mas ao tentar crescer, o filme perde parte do charme do original, que justamente funcionava por ser contido. A ideia de que tudo acontecia em um único lugar criava tensão e isolamento. Agora, com mais elementos em jogo, o foco se dispersa. E o impacto se dilui.

A sensação é que esse segundo capítulo já nasceu planejado como peça de uma franquia maior. O final não fecha. Não há encerramento. Só a promessa de que o que começou aqui vai continuar nos próximos capítulos.

Isso pode empolgar quem está imerso nesse universo, mas também esvazia um pouco o presente do filme. Ele se torna meio de caminho. Parte de algo. Nunca inteiro¨.




Produzido pela Blumhouse, a produção traz de volta à direção a conceituada cineasta Emma Tammi, de “Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim” e “Terra Assombrada”. A produção é de Jason Blum, de “M3GAN”, e Scott Cawthon. 

“Five Nights at Freddy’s 2” acompanha Mike Schmidt (Josh Hutcherson), que está passando por alguns problemas financeiros. O jovem encontra a solução para seus problemas ao ser contratado para trabalhar como o vigia noturno em um restaurante familiar tipicamente americano chamado Freddy Fazbear's Pizza, que está atualmente desativado.  

O longa tem distribuição da Universal Pictures e estará disponível nos cinemas em amanhã, 4 de dezembro, também em versões acessíveis.



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